Informação sobre anemia, causas, sintomas e tratamento da anemia, identificando o diagnóstico de cada tipo de anemia, como anemia aplástica, falciforme, ferropriva, hemolítica auto-imune, perniciosa, megaloblástica, de Fanconi, e outras.


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segunda-feira, 16 de maio de 2016

Os sintomas da anemia

As hemácias carregam oxigênio para os tecidos, garantindo assim, o metabolismo dos mesmos. Noutras palavras, as hemácias transportam o combustível essencial à sobrevivência de nosso organismo.
Dessa forma, quando esse “combustível” encontra-se escasso, pode sentir-se tontura, falta de ar, dor de cabeça, fadiga muscular, sonolência, irritabilidade, entre outros sintomas, correspondendo à falta de oxigênio nos diferentes tecidos e órgãos. Esses são chamados “Sintomas Gerais”, porque podem ser observado em qualquer tipo de anemia.
Outros sinais e sintomas podem também ser encontrados, e merecem destaque, frente à sua alta frequência, como a alteração do paladar, que corresponde a desejos de ingerir terra, sola de sapato, parede, gelo, entre os mais citados.
Esses “desejos inusitados”, também conhecidos como “perversão alimentar” são causados por deficiência de ferro nos tecidos que regulam o paladar. A exposição deste sinal é profundamente influenciada pelas “regras sociais”, sendo por isso mais facilmente encontrado em crianças e gestantes.


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Tratamento da Anemia aplástica

É importante identificar possíveis agentes desencadeadores do quadro de anemia aplástica, como uso de medicamentos ou agentes químicos ou físicos.
Quando presentes, devem ser retirados do contato com o paciente logo que possível.
O tratamento de Anemia aplástica varia de acordo com a gravidade da doença e com a idade do paciente.
Nos casos moderados, estão indicados somente tratamento de suporte, com transfusões de concentrado de hemácias e plaquetas conforme indicações clínicas, e tratamento com antibióticos em casos de infecção. Se houver necessidade transfusional significativa ou uso frequente de antibióticos, pode-se considerar a indicação de terapia imunossupressora combinada.
Já nos casos graves e muito graves (definidos como a presença de neutrófilos ao diagnóstico em número menor do que 200/mm3), indica-se o transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) alogênico ou terapia imunossupressora combinada.

Quem precisa de tratamento

As pessoas que têm anemia aplástica leve ou moderada podem não precisar de tratamento, desde que a condição não piore. As pessoas que têm anemia aplástica grave necessitam de tratamento médico imediato para evitar complicações.

As pessoas que têm anemia aplástica severa precisam de cuidados médicos de emergência num hospital. Anemia aplástica severa pode ser fatal se não for tratada imediatamente.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Anemia falciforme

Anemia falciforme é uma anemia que acontece porque algumas pessoas não têm a hemoglobina A e, no seu lugar, produzem outra hemoglobina diferente daquela, chamada hemoglobina S. A hemoglobina S não exerce a função de oxigenar o corpo de forma satisfatória, razão pela qual tais pessoas têm sempre uma anemia que não se corrige nem com alimentação nem com ferro. Nessas pessoas, as hemácias, em vez de redondas, tomam a forma de meia lua ou foice. Essas células afoiçadas têm muita dificuldade de passar pelas veias, que levam o sangue para os órgãos, ocasionando seu entupimento e muitas dores, principalmente nos ossos.
A anemia falciforme é a doença hereditária mais comum no mundo e no Brasil. Todas as características do nosso corpo são feitas por informações que recebemos dos nossos pais por meio dos genes, que vêm no espermatozoide do pai e no óvulo da mãe. Os genes determinam, nas pessoas, a cor dos olhos, dos cabelos, da pele, a altura, etc. Com a hemoglobina não é diferente. Se uma pessoa receber, do pai, um gene com mutação para produzir a hemoglobina S e, da mãe, outro gene com a mesma característica, tal pessoa nascerá com um par de genes com a mutação e, assim, será portadora de anemia falciforme.

Prevenção de anemia falciforme

  • Diagnostico precoce da doença através do teste do pezinho
  • Pesquisar familiares que apresentem a patologia
  • Evitar exposições dos portadores da doença ao frio e calor extremo

Formas de anemia falciforme

Algumas formas de Doença Falciforme incluem:
- hemoglobina SS;
- hemoglobina SC;
- Hemoglobina Sβ0 talassemia;
- Hemoglobina Sβ + talassemia;
- hemoglobina SD;
- hemoglobina SE;

As células dos tecidos precisam de um fornecimento constante de oxigénio para funcionar devidamente. Normalmente, a hemoglobina nas células vermelhas do sangue converte o oxigénio no pulmão e leva-o a todos os tecidos do corpo.
Os glóbulos vermelhos contêm hemoglobina normal que são em forma de disco. Esta forma permite que as células sejam flexíveis de modo que podem mover-se através dos vasos sanguíneos pequenos e grandes para fornecer oxigénio.
Hemoglobina falciforme não é como a hemoglobina normal. Ela pode formar hastes rígidas dentro da célula vermelha, transformando-a em crescimento, ou forma de foice.
Células em forma de foice não são flexíveis e podem furar a parede dos vasos, causando um bloqueio que retarda ou impede o fluxo de sangue. Quando isso acontece, o oxigénio não pode atingir os tecidos circundantes.


sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Anemia

A anemia define-se como a concentração de hemoglobina abaixo dos limites estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde. Este valor limite varia de 110 g/L para as mulheres grávidas e para as crianças de 6 meses a 5 anos de idade, a 120 g/L para as mulheres nãográvidas, até 130 g/L para os homens. Além do género, idade e situação da gravidez, outros factores influenciam os valores limite de concentração de hemoglobina. Estes factores são a altitude, raça, e o facto do indivíduo ser fumador. A anemia pode ser diagnosticada através da análise da concentração de hemoglobina no sangue ou medindo a proporção de glóbulos vermelhos no sangue (hematrócidos).
A hemoglobina é uma proteína nos glóbulos vermelhos que contém ferro, que transporta o oxigénio dos pulmões para as células de todo o corpo. Sem oxigénio suficiente, a capacidade física dos indivíduos fica reduzida.

Fatores de risco para a anemia

Existem diversos fatores de risco que aumentam a possibilidade de vir a contrair anemia, e neles incluem-se:
- Uma dieta deficiente em certas vitaminas. Escolher uma dieta que seja consistentemente com baixo teor de ferro, vitamina B-12 e ácido fólico aumenta o risco de anemia;
- Distúrbios intestinais. Ter um distúrbio intestinal que afeta a absorção de nutrientes no intestino delgado, como a doença celíaca e doença de Crohn, coloca a pessoa em maior risco de anemia. A remoção cirúrgica de partes de seu intestino delgado onde os nutrientes são absorvidos pode levar a deficiências nutricionais e anemia;
- Menstruação. Em geral, as mulheres que não tiveram a menopausa têm um maior risco de anemia por deficiência de ferro do que os homens e as mulheres na pós-menopausa. Isto acontece porque a menstruação provoca a perda de células vermelhas do sangue;
- Gravidez. Se você estiver grávida, você está em maior risco de contrair anemia ferropriva porque seus estoques de ferro têm que servir o seu volume aumentado de sangue, bem como ser uma fonte de hemoglobina para o seu bebé crescer;
- Condições crónicas. Por exemplo, se você tem câncer, insuficiência renal ou hepática, ou outra condição crónica, você pode estar em risco de anemia como doença crónica. Estas condições podem levar a uma falta de células vermelhas do sangue;
- Perda crónica e lenta de sangue devido a uma úlcera ou outra fonte do seu corpo pode esgotar a quantidade de ferro do seu corpo, levando a anemia por deficiência de ferro.
- História de família. Se a sua família tem uma história de anemia hereditárias, como a anemia falciforme, você também pode ter um risco aumentado da doença;
- Outros factores. Uma história de certas infecções, doenças do sangue e doenças auto-imunes, alcoolismo, exposição a produtos químicos tóxicos, e o uso de alguns medicamentos podem afetar a produção de células vermelhas do sangue e levar à anemia.



quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

O que é a anemia falciforme

A anemia falciforme também conhecida como drepanocitose é uma patologia caracterizada por alteração genética nas hemácias devido à mutação do gene da globina beta da hemoglobina, sendo classificada como uma doença de caráter hereditário, ancestral e étnico.
A variabilidade genética que permite classificar determinadas doenças como raciais e étnicas, justificando a existência de doenças quase exclusivas de um grupo racial seja ele negro, branco ou amarelo (BRASIL, 2004). Oliveira (2003) complementa afirmando que essa diversidade genética aliada à interação ambiental dá conta de explicar a predisposição biológica que determinados grupos raciais/étnicos apresentam para certas patologias. A anemia falciforme devido à sua origem na África acaba sendo considerada como pertencente a um grupo social que compartilha a mesma ascendência e o mesmo conjunto genético, o que explica a sua alta incidência na população afrodescendente, constituída de pretos e pardos, conforme classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2001). No entanto não deve ser considerada exclusiva dessa população, uma vez que se trata de uma doença de transmissão mendeliana, ou seja, qualquer indivíduo pode tê-la desde que seus pais tenham a hemoglobina S no sangue.
Considerada como uma das doenças hematológicas hereditárias de maior prevalência no nosso meio, a anemia falciforme tem uma significativa importância epidemiológica, uma vez que acarreta uma elevada morbi-mortalidade quando não diagnosticada precoce e adequadamente. Devido à grande e heterogênea influência étnica africana em nosso país sua incidência varia de 1% em cidades do Sul podendo chegar até 5 ou 6% em outras cidades como é o caso da Bahia (NAOUM; NAOUM, 2004).



quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Anemia aplástica

Anemia aplástica ou aplasia de medula óssea é uma doença rara, que se caracteriza por pancitopenia moderada a grave no sangue periférico e hipocelularidade acentuada na medula óssea, sendo esta a mais frequente das síndromes de falência medular.
Entretanto, seu diagnóstico, por não ser fácil, deve ser de exclusão, tendo em vista que várias outras causas de pancitopenia podem apresentar quadro clínico semelhante ao de aplasia.
É uma doença desencadeada por causas congênitas ou adquiridas. O uso de medicamentos, infecções ativas, neoplasias hematológicas, invasão medular por neoplasias não hematológicas, doenças sistêmicas (como as colagenoses) e exposição a radiação e a agentes químicos encontram-se entre as causas adquiridas.
Postula-se que a Anemia aplástica ocorra devido a uma agressão à célula-tronco hematopoiética pluripotente, acarretando sua diminuição em número ou até sua ausência na medula óssea.
A doença pode manifestar-se de diferentes formas e intensidades, desde falência medular fulminante até apresentação indolente mantida sob observação clínica e suporte transfusional individualizado. Estima-se que a incidência de Anemia aplástica adquirida seja de 2-4 pessoas por 1.000.000 ao ano, com dois picos de incidência, nomeadamente o primeiro entre os indivíduos de 10-25 anos e o segundo nos indivíduos maiores de 60 anos, sem diferenças entre os sexos.
Há relatos de que populações de origem asiática têm maior incidência da doença. Na Anemia aplástica por causas congênitas, o pico de incidência parece situar-se entre 2-5 anos de idade.
A aplasia geralmente decorre de quadros infecciosos recorrentes, por vezes graves pela neutropenia, sangramentos cutaneomucosos secundários à trombocitopenia e astenia devido à síndrome anêmica.
A grande maioria dos casos de Anemia aplástica é adquirida, com uma pequena proporção de pacientes apresentando a forma congênita da doença.
Disceratose congênita, anemia de Fanconi, síndrome de Shwachman-Diamond e trombocitopenia amegacariocítica são suas formas constitucionais. Estas formas são tratadas com medidas de suporte ou transplante alogênico de medula óssea.
Entretanto, quando a aplasia aparece como uma manifestação idiossincrática, a utilização de imunossupressores pode ser benéfica.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Como se faz o tratamento de anemia

Quando ocorre uma anemia, a identificação da causa da deficiência é essencial, para que se possa definir o tratamento mais adequado para curar a anemia. A deficiência de ferro, especialmente se for severa é uma condição grave, e pode mesmo ser fatal. Geralmente, não pode ser superada pelo aumento da ingestão alimentar por si só. Os suplementos de ferro, juntamente com a melhoria da dieta e hábitos alimentares, práticas de higiene e saneamento adequado, desparasitação e outras soluções são quase sempre necessárias. Suplementos de ferro orais existem na forma de sulfato ferroso. A melhor forma de absorver o ferro é estando com o estômago vazio, mas muitas pessoas são incapazes de tolerar isto, e podem precisar de tomar o suplemento com alimentos. O leite e os antiácidos contendo cálcio podem interferir com a absorção de ferro e não devem ser tomados ao mesmo tempo que os suplementos de ferro. Tomar suplementos de vitamina C, ou ingerir alimentos ricos em vitamina C, ao mesmo tempo que os suplementos de ferro, pode aumentar a absorção do ferro, sendo um passo essencial para a produção de hemoglobina. Os suplementos de ferro são necessários durante a gravidez e lactação, pois a ingestão dietética normal não pode fornecer a quantidade necessária para a mãe e para o feto em crescimento. O hematócrito deve voltar ao normal após 2 meses de suplementação diária de ferro, mas os comprimidos de ferro devem ser continuado por mais 6 a 12 meses para repor os estoques de ferro do organismo, contidos principalmente na medula óssea.
Ferro por via intravenosa ou intramuscular está disponível para os pacientes, quando o ferro por via oral não é tolerado. Pessoas com anemia grave podem necessitar de transfusões de sangue, mas mesmo esta solução não deixa de ser um risco sério. Depois de um período prolongado de deficiência de ferro, um aumento repentino de ferro no sangue pode causar choque e até a morte. Durante uma anemia leve a moderada, normalmente não existem complicações. Anemia de carência nutricional, porém, pode ocorrer, por isso o acompanhamento regular de especialistas é recomendado. Pessoas anémicas podem ter um aumento da susceptibilidade à infeção.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Identificar sinais e sintomas de anemia

Os sinais e sintomas de anemia incluem:
• pele pálida, assim como lábios, língua e superfície interna das pálpebras (conjuntiva);
• fadiga;
• irritabilidade;
• fraqueza;
• falta de ar;
• diminuição da pressão arterial com a mudança de posição deitada ou sentada para de pé (hipotensão ortostática);
• ferida na língua;
• unhas quebradiças, unhas côncavas;
• compulsões alimentares incomuns;
• diminuição do apetite (especialmente em crianças);
• dor de cabeça – frontal;
• baixo hematócrito e hemoglobina num RBC;
• baixo nível de ferritina sérica (soro de ferro);

Nota: Pode não haver sintomas se a anemia for leve.

As consequências da anemia nutricional incluem:
• deficiência no desempenho cognitivo em todas as fases da vida;
• redução significativa da capacidade de trabalho físico e produtividade;
• aumento da morbidade devido a doenças infeciosas;
• maior risco de morte de mulheres grávidas durante o período perinatal;
• resultado fetal negativo, incluindo retardo do crescimento intra-uterino, baixo peso do bebé ao nascer e prematuridade no nascimento.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Prevenção de anemia nutricional

Fontes alimentares de ferro, não-vegetarianas são carne vermelha, peixe, fígado e gema de ovo. Fontes vegetarianas incluem leite materno, lentilhas e feijão, grãos integrais e produtos feitos a partir destes alimentos. Grãos que brotam e feijão melhoram a biodisponibilidade do ferro que contêm, assim como o consumo de alimentos ricos em ferro com "potenciadores", alimentos que contêm vitamina C. Inibidores de ferro, tais como tanino e cafeína, e alguns minerais essenciais, evitam que o ferro possa ser absorvido e devem ser consumidos separadamente a partir de fontes de ferro. Em alguns locais, farinha, pão e alguns cereais são fortificados com ferro. Se a dieta for deficiente em ferro, suplementos de ferro devem ser tomados por via oral. Durante os períodos de maior necessidade, tais como durante a gravidez e a lactação, a ingestão dietética de ferro deve aumentar, e as mulheres devem tomar suplementos de ferro. Os suplementos de ferro são geralmente combinados com folato ou ácido fólico, uma vez que as deficiências em ácido fólico e ferro podem causar anemia. 
Muito ferro é perdido através de infestação parasitária. A melhor maneira de evitar os parasitas intestinais é lavar as mãos com frequência, e sempre após usar o banheiro e antes de comer alimentos, usando sabão e água potável. Pratos, talheres, panelas e frigideiras, bem como frutas e legumes devem ser bem lavados e limpos e, se necessário tratados com desinfetante, e armazenados em boas condições de higiene. Manter o ambiente limpo e livre de excreções (humanas e de animais) também é importante para evitar parasitas. As áreas de permanência devem ser varridas e lavadas regularmente, e as casas de banho devem ser usadas por todos os membros da família. Os animais devem ser mantidos em áreas separadas, de preferência vedadas, para evitar a contaminação. Como a malária aumenta o risco de anemia, mosquiteiros devem sempre ser usados em locais onde os mosquitos da malária são predominantes. Em áreas com altos índices de infestação parasitária, vermifugação deve ser realizada numa base regular (pelo menos a cada seis meses ou numa maior frequência, se necessário) Dependendo do tipo de verme(s) que é predominante, albendazol (dose única) ou mebendazol são as drogas de escolha para tratamento.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Anemia por carência nutricional

A anemia é a diminuição da capacidade das células vermelhas do sangue para proporcionar oxigénio suficiente para os tecidos do corpo. Isso pode ser devido a uma diminuição do número de glóbulos vermelhos, uma diminuição da quantidade de substância em células vermelhas do sangue, que transportam oxigénio (hemoglobina), ou uma diminuição do volume de células vermelhas do sangue. Há mais de uma dúzia de diferentes tipos de anemia, algumas devido a uma deficiência de um único ou vários nutrientes essenciais, e outras de condições que não estão relacionadas com a nutrição, como infeções. Pessoas de todo o mundo sofrem de anemias não nutricionais (tais como anemia falciforme e talassemia, que são induzidas por doenças genéticas), mas estas são poucas em comparação com o número de pessoas, crianças, mulheres e homens com anemia por carência nutricional. "A anemia por carência nutricional" descreve uma condição na qual o conteúdo de hemoglobina ou de glóbulos vermelhos do sangue é menor do que o normal por causa da existência de muito pouco ferro.
As causas da deficiência de ferro são, a ingestão de muito pouco ferro na dieta, má absorção de ferro pelo organismo, e perda de sangue (incluindo sangramento menstrual intenso). Também é causada por envenenamento por chumbo nas crianças. Anemia de carência nutricional desenvolve-se lentamente após os níveis normais de ferro terem sido esgotados no corpo e na medula óssea. As mulheres, em geral, têm menores quantidades de ferro do que os homens e vêem aumentada a sua perda através da menstruação, colocando-as em maior risco de anemia por carência nutricional. Em mulheres na pós-menopausa, a anemia é geralmente devida à perda de sangue gastrointestinal associada com úlceras, uso de aspirina ou medicamentos anti-inflamatórios não-esteróides (AINEs) e infestações por parasitas. Grupos de alto risco incluem mulheres em idade fértil que têm perda de sangue através da menstruação; mulheres grávidas ou lactantes que têm uma maior necessidade de ferro; bebês, crianças e adolescentes em fase de crescimento rápido; e pessoas com uma ingestão deficiente de ferro através de uma dieta de pouca ou nenhuma carne ou ovos por vários anos. Os fatores de risco relacionados com a perda de sangue são a úlcera péptica, o uso de aspirina a longo prazo, câncer de cólon, câncer de útero, e doação repetida de sangue.

Tipos de anemia existentes incluem:
• anemia de deficiência de vitamina B12;
• anemia de doença crônica;
• anemia de deficiência de folato;
• anemia hemolítica imune induzida por drogas;
• anemia hemolítica;
• anemia hemolítica por deficiência; 
• anemia aplástica idiopática;
• anemia hemolítica auto-imune idiopática;
• anemia hemolítica imune;
• anemia por deficiência de ferro;
• anemia perniciosa;
• anemia aplástica secundária;
• anemia falciforme.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Prevenção da anemia ferropriva

A prevenção da anemia ferropriva e da deficiência de ferro deve ser planejada priorizando-se a educação nutricional e condições ambientais satisfatórias e envolvendo-se: o incentivo ao aleitamento materno exclusivo até o sexto mês; a não utilização do leite de vaca no primeiro ano de vida; a suplementação medicamentosa profilática; a fortificação de alimentos de consumo massivo; o controle de infecções; acesso a água e esgoto adequados; e o estímulo ao consumo de alimentos que contenham ferro de alta biodisponibilidade na fase de introdução da alimentação complementar e em fases de maior vulnerabilidade a essa deficiência, como a adolescência.
As atuais políticas adotadas pelo Programa Nacional de Combate à Anemia Carencial Ferropriva do Ministério da Saúde, no intuito de reduzir a prevalência de anemia ferropriva, consistem na suplementação medicamentosa profilática (lactentes) e na fortificação de alimentos. A eficácia do esquema semanal (25 mg/semana até 18 meses) ainda não foi devidamente comprovada, especialmente em nosso meio. Ressalta-se que, embora a suplementação medicamentosa seja eficaz na prevenção e controle da anemia, a baixa adesão ao método por fraco vínculo mãe-filho, baixo grau de instrução e inadequada percepção da gravidade da doença leva à interrupção da administração do medicamento e ao insucesso do programa. Esse fato explica por que os índices de anemia continuam em ascensão, apesar de sucessivos programas de combate à doença.
A fortificação de alimento vigente no Brasil, desde junho de 2004, consiste em uso obrigatório de compostos de ferro e ácido fólico nas farinhas de milho e trigo (100 g do produto contêm 4,2 mg de ferro e 150 μg de ácido fólico). Estes alimentos foram escolhidos para fortificação pelo baixo custo, por pertencerem à dieta habitual e por serem de fácil acesso para a população.
Estudos comprovam a eficácia da utilização de fórmulas infantis e leites fortificados, com sulfato ferroso e ferro quelato, na profilaxia da anemia em crianças menores de dois anos, na impossibilidade de manutenção do aleitamento materno.
A prevenção da anemia carencial ferropriva é extremamente importante, visto que representa a carência nutricional mais prevalente em nosso meio e que a instalação da doença determina a ocorrência de efeitos deletérios a curto e longo prazo.
domingo, 16 de junho de 2013

Tratamento medicamentoso da anemia ferropriva

A dose de ferro elementar empregada no tratamento é de 3 a 5 mg/kg de peso/dia administrados diariamente, em dose única ou fracionada em duas vezes, antes das refeições principais. A duração deve ser de três a seis meses para que, após a correção dos valores de hemoglobina, seja assegurada a reposição de estoques de ferro. A absorção do sulfato ferroso, que contém 20% de ferro elementar, pode ser facilitada pela administração conjunta de fonte de vitamina C, como o suco de laranja.
Outra recomendação é que o medicamento não seja administrado conjuntamente a suplementos polivitamínicos e minerais. Existem interações importantes do ferro com cálcio, fósforo, zinco e outros elementos que podem reduzir sua biodisponibilidade. Outros fatores inibidores da absorção do ferro, como chá-mate ou preto, café e antiácidos, devem ser evitados durante ou logo após a ingestão do medicamento.
O sulfato ferroso continua sendo recomendado como a preparação adequada para tratamento e prevenção da anemia ferropriva, uma vez que não há evidências de benefícios maiores e redução de eventos adversos com utilização de outras preparações.
Em crianças com manifestações gastrointestinais associadas a preparações com ferro na forma de sais (sulfato, fumarato e gluconato) podem ser utilizados medicamentos que contêm ferro aminoácido quelato ou hidróxido de ferro polimaltosado.
A absorção do ferro eleva-se nas primeiras semanas de tratamento. Estima-se absorção de 14%, 7% e 2% na primeira semana, terceira semana e após quatro meses de tratamento, respectivamente.
Associado ao tratamento medicamentoso, deve-se orientar o consumo de alimentos com quantidade e biodisponibilidade elevadas de ferro, garantindo educação nutricional adequada ao paciente.
A utilização de ferro parenteral deve estar restrita a situações excepcionais.
Aumentos da contagem de reticulócitos ao final da primeira semana de tratamento ou de 1 g/dl na hemoglobina e 3% no hematócrito após 1 a 2 meses seriam indicativos de eficácia no tratamento.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O que é a anemia ferropriva

A anemia ferropriva é a carência nutricional mais prevalente no mundo, acarretando prejuízos a curto e longo prazo no desenvolvimento neuropsicomotor e na aprendizagem, além de comprometimento na resposta do sistema imunológico.
Os sinais e os sintomas mais frequentemente observados são inespecíficos, como anorexia, palidez, perversão do apetite, geofagia, apatia, adinamia, irritabilidade, cansaço, fraqueza muscular e dificuldade na realização de atividade física. O diagnóstico do estado nutricional relativo ao ferro é realizado principalmente por meio de exames laboratoriais. Os indicadores de deficiência de ferro são difíceis de interpretar em crianças, devido às variações fisiológicas em diversas fases do crescimento e do desenvolvimento, além de sofrerem influência de outros fatores, como os processos infecciosos.
A anemia acomete aproximadamente 42% das crianças menores de 5 anos em países em desenvolvimento e cerca de 17% nos países industrializados. Estatísticas americanas e canadenses revelam prevalências de deficiência de ferro em crianças na faixa etária de 1 a 2 anos de 7% e em adolescentes do sexo feminino aos 12 a 15 anos de 9% e aos 16 a 19 anos de 16%. No primeiro ano de vida, também se observou declínio na prevalência de anemia em lactentes americanos, atribuído a maior duração do aleitamento materno exclusivo e total, utilização de fórmulas infantis em crianças que não estão em regime de aleitamento exclusivo e redução do consumo do leite de vaca integral.
Essas medidas evidenciam a importância da prevenção primária efetiva no controle da elevada prevalência da deficiência de ferro na infância.
No Brasil, a anemia ocorre em cerca de 40 a 50% das crianças menores de cinco anos, não havendo diferenças entre as macrorregiões. Seu comportamento endêmico permite que crianças e mães sejam afetadas, independentemente das condições socioeconômicas. Segundo estudos representativos no município de São Paulo, este distúrbio nutricional encontra-se em expansão em menores de cinco anos, tendo se elevado de 22% (1974) para 35% (1984) e, finalmente, para 46% (2000).
Na América Latina, estima-se que a anemia acometa 30% das crianças na idade pré-escolar. Estudos realizados na última década evidenciam associação entre a deficiência de ferro, com ou sem anemia, e o comprometimento do desempenho neuropsicomotor e cognitivo.
quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Anemia por carência de ferro

O sangue contém três tipos de células: os glóbulos brancos (que são parte do sistema imunitário do corpo), os glóbulos vermelhos (que transportam o oxigénio pelo corpo numa substância denominada hemoglobina) e as plaquetas sanguíneas (que ajudam na coagulação do sangue). Os glóbulos vermelhos dependem do ferro para os ajudar a armazenar e a transportar o oxigénio a todas as partes do corpo. A anemia é um problema que ocorre quando existe um número reduzido de glóbulos vermelhos ou uma baixa concentração de hemoglobina. Existem vários tipos de anemia, cada um com uma causa diferente. A forma mais comum deste problema de saúde é a anemia por carência de ferro. O ferro é um componente fundamental da hemoglobina, a substância que ajuda a armazenar e a transportar o oxigénio nos glóbulos vermelhos. Sem ferro em quantidades suficientes, os glóbulos vermelhos transportam menos oxigénio aos órgãos e tecidos do corpo. Outras formas de anemia podem ser causadas por carência de vitamina B12 ou de folato no corpo.
terça-feira, 15 de maio de 2012

Anemia durante a gravidez

A anemia na gestação é a falta de ferro no sangue da gestante.
O ferro é um mineral que é responsável por levar o oxigênio do ar que respiramos para todo o nosso corpo através do sangue. E também é importante para a formação do sangue.
Durante o periodo de gravidez as necessidades de ferro aumentam porque é preciso maior quantidade de sangue para poder nutrir o bebê e levar oxigênio para ele. Para garantir a quantidade de ferro ideal a gestante deve cuidar da sua saúde e da sua alimentação.

Pode-se previnir a carência de ferro dos seguintes modos:

1) Pela alimentação

A anemia previne-se principalmente através de uma Alimentação Enriquecida.
Um prato enriquecido em ferro tem:
  • Arroz e Feijão;
  • Folhas verde escuras como: couve, vinagreira, taioba, espinafre, ora-pro-nóbis e outras folhas verdes da sua região;
  • Castanhas do Pará, castanha de caju;
  • Açúcar preto ou mascavo, rapadura e melado de cana.

E o ferro desses alimentos são melhor aproveitados pelo corpo se, junto comemos alimentos ricos em vitamina C, como:
  • Frutas frescas - caju, acerola, araçá, camu-camu, goiaba, laranja, limão;
  • Folhas - azedinha, beldroega, salsinha, coentro, caruru;
A vitamina A também melhora o aproveitamento do ferro, pois ajuda a reduzir os efeitos dos fitatos que impedem o ferro de ser absorvido.
Os alimentos ricos em vitamina A são: beldroega, bertalha, caruru, coentro, ora-pro-nóbis, taioba, vinagreira, abóbora, cenoura, tomate e as frutas frescas de cor amareloalaranjada.
Deve-se evitar tomar chás, café, refrigerantes tipo cola e comer farelos crus, pois estes alimentos impedem que o organismo aproveite o ferro dos outros alimentos.

2) Pelos cuidados com a saúde

Cuidar das hemorragias que possam surgir e também diarréia. Nessas situações a gestante deve ser encaminhada a Unidade de Saúde para uma consulta médica.

Os principais sintomas são:
  • Cansaço;
  • Palidez;
  • Fraqueza no corpo todo;
  • Dores de cabeça;
  • Falta de apetite;
  • Irritação.
O tratamento deve ser feito pela alimentação e por medicamento orientado pelo médico.
Assim devemos sempre lembrar que a gravidez é um período no qual a mulher deve cuidar bem da alimentação, dada a importância para o bom desenvolvimento do feto e para a prevenção de complicações durante a gravidez e o parto. Não se deve apenas aumentar a quantidade dos alimentos, mas observar a sua qualidade, pois eles devem conter proteínas, vitaminas e minerais, e não apenas calorias extras para a mãe.

Dieta e anemia

Para se evitar a anemia ferropriva é importante ter uma dieta rica em ferro, principalmente na fase de crescimento da infância e na gravidez. Mas ter uma dieta adequada é importante em qualquer fase da vida. Sabemos que a maior fonte de ferro na alimentação são as verduras “verde escuras”, tipo couve, espinafre, agrião, almeirão, brócolis, entre outras, e também as carnes vermelhas, (boi ou porco), de qualquer qualidade ou modo de preparo. Quando associamos um suco de fruta rico em vitamina C (laranja, limão, acerola, etc. ), aumenta a absorção do ferro ingerido, por isso, o suco de laranja batido com uma folha de couve é um importante aliado no tratamento da anemia ferropriva. Também vale a pena lembrar que as principais refeições como almoço e jantar não devem ser substituídas por leite, lanches, ou sanduíches.
É de fundamental importância a ingestão de verduras, legumes e frutas, desde a infância, pois é nesta fase que estamos aprimorando o nosso paladar, e a criança que cresce “comendo de tudo”, será um adulto sem dificuldades para aceitar uma grande variedade de alimentos. Por isso, ensine o seu filho a comer um pouquinho de tudo, mesmo que ele não goste, para que ele tenha uma vida adulta saudável.
Outras doenças podem ter como primeiras manifestações uma anemia, a deficiência de vitamina B12, doenças crônicas (insuficiência renal crônica; lúpus, artrite, anemias hemolíticas, entre outras), assim como também as doenças neoplásicas da medula óssea ou não, (mielodisplasias, leucemias e linfomas). Estas últimas, são as de menor incidência na população geral, mas por outro lado, apresentam uma maior repercussão no quadro clínico do paciente.
Sendo assim, sempre que houver uma suspeita de anemia, é importante consultar um médico, para que o diagnóstico e tratamento corretos sejam instituídos o quanto antes.

Complicações da anemia

A maioria dos casos de carência de vitamina B12 ou folato é de fácil tratamento, por isso as complicações são relativamente raras. Em casos severos, qualquer tipo de anemia pode levar a complicações que afectem o coração e os pulmões, evitando que funcionem da melhor forma.
A carência de vitamina B12 ou folato pode por vezes causar uma esterilidade temporária (incapacidade de engravidar). No entanto, essa condição não é permanente, podendo ser invertida com suplementos vitamínicos. Se estiver grávida, a carência de vitamina B12 ou folato pode aumentar o risco de anomalias no bebé, como a espinha bífida (em que a espinha do bebé não se forma correctamente). A falta de folato também aumenta o risco de um nascimento prematuro.
A carência de folato também pode aumentar o risco de desenvolver problemas cardiovasculares (quando o coração e o sistema circulatório não funcionam devidamente). As pesquisas mostram que a carência de folato pode estar ligada a alguns cancros. Embora uma falta de folato nunca seja a única causa de desenvolvimento de um cancro, pode ser um factor contribuinte.

Diagnóstico da anemia

Se o seu médico suspeitar que tem anemia, normalmente precisará de fazer análises ao sangue. Fará análises à hemoglobina e, se o valor for mais baixo do que o normal, será diagnosticado que tem anemia.
Também poderá fazer análises ao sangue para ver os valores de vitamina B12 e folato.
Se as análises mostrarem que tem uma carência numa dessas vitaminas, isso ajudará o seu médico de família a determinar o tipo de anemia que tem. Assim que o seu médico determinar que tem anemia por carência de vitamina B12 ou folato, pode necessitar de mais análises que expliquem a causa dessa carência. Em alguns casos, poderá ter de fazer mais exames, ou iniciar um tratamento com um especialista, por exemplo um especialista em doenças de sangue (hematologista) ou um especialista no tratamento de problemas que afectem o sistema digestivo (gastroenterologista).
Se a carência de vitamina B12 ou folato for causada por uma dieta pobre, será encaminhado para um nutricionista, que poderá aconselhar sobre formas de alterar a sua dieta no sentido de melhorar o seu problema.

Sintomas da anemia

Além da gravidade da própria anemia, vários fatores influenciam o desenvolvimento:
  • A velocidade com que a anemia se desenvolveu
  • A duração da anemia
  • Os requisitos metabólicos do individuo
  • Outros distúrbios ou incapacidades concominantes (ex: doenças cardiopulmonares)
  • Complicações especiais ou aspectos concomitantes da condição que produziu a anemia.
Cada tipo de anemia tem os seus sintomas característicos, que dependem da sua causa subjacente.
No entanto, há alguns sintomas gerais que estão associados a todos os tipos de anemia.
Esses sintomas incluem fadiga, falta de ar (dispneia), desmaios e um batimento irregular do coração (palpitações). Também poderá sentir dores de cabeça, zumbido nos ouvidos e falta de apetite. Se a anemia for causada por uma carência de vitamina B12, poderá ainda notar outros sintomas, como a pele de cor amarelada (devido à icterícia, um problema que se desenvolve quando um químico chamado bilirrubina se acumula no sangue). Outros sintomas incluem a língua vermelha e a doer (glossite), úlceras na boca e uma sensibilidade ao toque alterada ou reduzida.
Outros sintomas da anemia por carência da vitamina B12 incluem uma sensibilidade à dor reduzida, alterações na forma de andar e se mexer, visão perturbada, irritabilidade e depressão.
Para além dos sintomas gerais da anemia, uma carência de folato pode ainda causar perda sensorial, incapacidade de controlar os músculos e depressão.

Causas da anemia

  • As anemias são condições nas quais o número de eritrócitos ou a quantidade de hemoglobina presente nessas células encontram-se abaixo do normal.
  • O sangramento excessivo é a causa mais comum de anemia. Quando ocorre uma perda sangüínea, o organismo rapidamente absorve água dos tecidos para o interior da corrente sangüínea a fim de manter os vasos sangüíneos cheios. Como conseqüência, o sangue torna-se diluído e a porcentagem de eritrócitos diminui.