Informação sobre anemia, causas, sintomas e tratamento da anemia, identificando o diagnóstico de cada tipo de anemia, como anemia aplástica, falciforme, ferropriva, hemolítica auto-imune, perniciosa, megaloblástica, de Fanconi, e outras.


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O que é a anemia ferropriva

A anemia ferropriva é a carência nutricional mais prevalente no mundo, acarretando prejuízos a curto e longo prazo no desenvolvimento neuropsicomotor e na aprendizagem, além de comprometimento na resposta do sistema imunológico.
Os sinais e os sintomas mais frequentemente observados são inespecíficos, como anorexia, palidez, perversão do apetite, geofagia, apatia, adinamia, irritabilidade, cansaço, fraqueza muscular e dificuldade na realização de atividade física. O diagnóstico do estado nutricional relativo ao ferro é realizado principalmente por meio de exames laboratoriais. Os indicadores de deficiência de ferro são difíceis de interpretar em crianças, devido às variações fisiológicas em diversas fases do crescimento e do desenvolvimento, além de sofrerem influência de outros fatores, como os processos infecciosos.
A anemia acomete aproximadamente 42% das crianças menores de 5 anos em países em desenvolvimento e cerca de 17% nos países industrializados. Estatísticas americanas e canadenses revelam prevalências de deficiência de ferro em crianças na faixa etária de 1 a 2 anos de 7% e em adolescentes do sexo feminino aos 12 a 15 anos de 9% e aos 16 a 19 anos de 16%. No primeiro ano de vida, também se observou declínio na prevalência de anemia em lactentes americanos, atribuído a maior duração do aleitamento materno exclusivo e total, utilização de fórmulas infantis em crianças que não estão em regime de aleitamento exclusivo e redução do consumo do leite de vaca integral.
Essas medidas evidenciam a importância da prevenção primária efetiva no controle da elevada prevalência da deficiência de ferro na infância.
No Brasil, a anemia ocorre em cerca de 40 a 50% das crianças menores de cinco anos, não havendo diferenças entre as macrorregiões. Seu comportamento endêmico permite que crianças e mães sejam afetadas, independentemente das condições socioeconômicas. Segundo estudos representativos no município de São Paulo, este distúrbio nutricional encontra-se em expansão em menores de cinco anos, tendo se elevado de 22% (1974) para 35% (1984) e, finalmente, para 46% (2000).
Na América Latina, estima-se que a anemia acometa 30% das crianças na idade pré-escolar. Estudos realizados na última década evidenciam associação entre a deficiência de ferro, com ou sem anemia, e o comprometimento do desempenho neuropsicomotor e cognitivo.