Informação sobre anemia, causas, sintomas e tratamento da anemia, identificando o diagnóstico de cada tipo de anemia, como anemia aplástica, falciforme, ferropriva, hemolítica auto-imune, perniciosa, megaloblástica, de Fanconi, e outras.


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segunda-feira, 14 de maio de 2012

Tratamento da anemia hemolítica auto-imune

O tratamento tem por objetivo reduzir o grau de hemólise, acarretando elevação dos níveis de hemoglobina e melhora dos sintomas. Nos casos de anemia hemolítica auto-imune secundária, é importante realizar também o tratamento da causa-base, seja pela suspensão de fármacos que possam estar desencadeando o processo, seja pelo tratamento de doenças linfoproliferativas ou autoimunes associadas.
A correta identificação do tipo de anemia hemolítica auto-imune é fundamental, já que o tratamento e o curso da doença são distintos.
Vários autores indicam suplementação com ácido fólico, uma vez que o consumo medular dessa vitamina aumenta em razão da maior eritropoese que ocorre nos pacientes. A deficiência do ácido fólico pode resultar em crise megaloblástica, quando a medula não consegue fabricar hemácias adequadamente, acarretando anemia grave. Há poucos ensaios clínicos randomizados para o tratamento da doença, sendo a maior parte das evidências de tratamento proveniente de série de casos.

Anemia hemolítica auto-imune

Anemia hemolítica auto-imune é uma condição clínica incomum em que autoanticorpos se ligam à superfície dos eritrócitos, ocasionando sua destruição via sistema complemento ou sistema reticuloendotelial.
A AHAI é classificada de acordo com a temperatura de reatividade dos anticorpos aos eritrócitos.
Na anemia hemolítica auto-imune a quente, os autoanticorpos “quentes” reagem mais fortemente à temperatura corporal (37°C), sendo incapazes de aglutinar as hemácias, e a hemólise ocorre pela destruição pelo sistema reticuloendotelial. Na anemia hemolítica auto-imune a frio, os autoanticorpos “frios” se ligam aos eritrócitos em temperaturas entre 4-18°C, podendo levar à aglutinação de eritrócitos na circulação sanguínea, e, ao ser ativado o sistema complemento, ocorre a hemólise.
Na forma mista, os dois tipos de anticorpos coexistem.
A anemia hemolítica auto-imune também pode ser classificada com base em sua etiologia.
A anemia hemolítica auto-imune idiopática ou primária não apresenta correlação com doença de base, já a secundária está associada a doenças linfoproliferativas, imunodeficiências, uso de medicamentos ou neoplasias.
As doenças linfoproliferativas são responsáveis por mais da metade dos casos de anemia hemolítica auto-imune secundária. Nos pacientes com doença idiopática a prevalência é maior em mulheres, com pico entre a quarta e quinta décadas de vida.
Trata-se de condição rara, não havendo estudos disponíveis com dados de prevalência ou incidência nacionais ou internacionais.